Educação Física

domingo, 16 de maio de 2010

Jogos Cooperativos e Fair Play



Jogos Cooperativos
e Fair Play


Os jogos cooperativos surgiram da preocupação com a excessiva valorização dada ao individualismo e à competição exacerbada, na sociedade moderna, mais especialmente, na cultura ocidental. Considerada como um valor natural e normal da sociedade humana, a competição tem sido adotada como uma regra em praticamente todos os setores da vida social, temos competido em lugares, como pessoas e em momentos que não precisaríamos, e muito menos deveríamos. Agimos assim como se essa fosse a única opção.
Segundo Barreto (2000) “Jogos cooperativos são dinâmicas de grupo que têm por objetivo, em primeiro lugar, despertar a consciência de cooperação, isto é, mostrar que a cooperação é uma alternativa possível e saudável no campo das relações sociais; em segundo lugar, promover efetivamente a cooperação entre as pessoas, na exata medida em que os jogos são, eles próprios, experiências cooperativas.”



Jogos Cooperativos
Jogar com o outro - cooperação
Para que o objetivo de cada um seja alcançado, o objetivo de todos também deve ser
O que a pessoa A faz beneficia ela própria e também a pessoa B; e o que B faz beneficia ambos também
A cooperação surge quando trabalhamos juntos para conseguir um objetivo comum, com êxito para todos
Há maior sensibilidade às necessidades dos outros e todos se ajudam com freqüência; a qualidade das produções coletivas é maior
O jogo é possível para todos
Devemos ganhar... juntos; somos parceiros e amigos; há interdependência e vontade de continuar jogando
São divertidos para todos, que têm um sentimento de vitória
Há mistura de grupos que brincam juntos, e ninguém é rejeitado ou excluído
Os jogadores aprendem a ter senso de unidade e a compartilhar o sucesso
Desenvolvemos autoconfiança porque todos são aceitos
A habilidade de preservar (continuar tentando) é fortalecida diante das dificuldades
Para cada um o jogo é um caminho coletivo de evolução (co-evolução)

Tipos de Jogos Cooperativos


Jogos Cooperativos sem perdedores
São os jogos plenamente cooperativos, pois todos jogam juntos e não há perdedores.
Jogos Cooperativos de resultado coletivo
Existe a divisão em duas ou mais equipes, mas o objetivo do jogo só é alcançado com todos jogando juntos.
Jogos Cooperativos de inversão
Envolvem equipes, mas os jogadores trocam de equipes a todo instante, dificultando reconhecer vencedores e perdedores.
Jogos semi-cooperativos
Visam estimular a participação daqueles que normalmente não participam de um jogo devido a uma menor habilidade, criando regras para facilitar a participação desses.



3 Jogos Cooperativos

Dança da Cadeira Cooperativa
Cada vez que a música é interrompida, os participantes devem sentar-se o mais rápido possível, e estes devem dar um jeito para "acolher" os demais. Assim ninguém deve ser retirado do jogo, mas sempre retira-se uma cadeira.

Ajuda-Ajuda
Como no Pega-Pega o objetivo é "pegar" os demais participantes, só que neste caso aquele que for pego passa a ajudar o "pegador" a pegar os demais participantes.

Pega-Pega Corrente
Como no Pega-Pega comum o objetivo é "pegar" os demais participantes, só que neste caso aqueles que serão pegos passam a ficar de braços dados com o "pegador" formando uma corrente para pegar os demais.




















Fair Play


Durante todo o século XX, a sociedade ocidental e o esporte passaram por inúmeras transformações. Foi na sociedade aristocrática que surgiu o conceito "fair Play", difundido pelo Barão Pierre de Coubertin idealizador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna. O "fair play" defendido por Coubertin representa a honra e a lealdade, o respeito pelos outros e por si próprio. Estes valores refletem o pensamento da aristocracia inglesa do século XIX a respeito das práticas esportivas.
O Fair Play significa muito mais do que o simples respeito às regras; cobre as noções de amizade, de respeito pelo outro, e de espírito esportivo, representa um modo de pensar, e não simplesmente um comportamento.
De acordo com o Manifesto sobre o Fair Play (1976), elaborado pelo Comitê Internacional para o Fair Play (Tubino, 1985:107-108), este conceito se apresenta da seguinte forma:
Em primeiro lugar é o competidor quem dá o testemunho do fair play. Isto exige, no mínimo, que dê provas de um respeito total e constante pela regra escrita, o que lhe será mais fácil se aceitar o objetivo da regra e se reconhecer que, além desta regra escrita, existe um espírito dentro do qual se deve praticar o esporte de competição.




Referências:
Carmem Regina Bastiani - Profª. Ed. Física
Educação Física na Escola - Implicações para a prática pedagógica - Suraya Darido
João Luiz Rufino - Pós-Graduado EEFD-UFRJ
Leonardo Mataruna - Doutorado UNICAMP/UNIABEU
Paulo Henrique Batista - Pós-Graduado EEFD-UFRJ
Robeerto Gueler - Pós-Graduado EEFD-UFRJ

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